"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sexta-feira, setembro 04, 2009

Relatos da Seicho-no-Ie sobre a Verdade - 01


Masaharu Taniguchi



(...) Pois bem, a Seicho-no-Ie prega dessa maneira a essência de todas as doutrinas, mas o ensinamento principal dela é o de que “o homem é Filho de Deus”. Falando na linguagem budista, os homens são todos filhos de Buda e originariamente libertos de restrições e possuidores da capacidade infinita. Falando na linguagem xintoísta, os homens são todos filhos do Sol e herdam a capacidade infinita da Deusa Amaterasu que tudo ilumina. Por que esse ser originariamente livre das restrições e possuidor da capacidade infinita projeta no mundo fenomênico situações cheias de inconveniências e privações? A matéria não existe originariamente, e o mundo fenomênico também; é o homem quem faz surgir no mundo da forma, através de sua própria capacidade infinita, coisas exatamente iguais às que concebeu em sua mente.

Originariamente, o sofrimento não existe; mas, se a pessoa conceber a idéia do sofrimento, ela faz surgir no mundo fenomênico, através de sua capacidade infinita, um fato que representa exatamente essa “idéia do sofrimento”. Por isso, a Seicho-no-Ie diz que o mundo fenomênico não é existência verdadeira, sendo apenas corporificação da “idéia”. Algo que existe verdadeiramente é difícil de ser modificado (e esse é Deus); mas o mundo fenomênico, justamente por não ser existência verdadeira, podemos modificá-lo, através da nossa força infinita e de acordo com as nossas “idéias”, na forma em que desejarmos.

Como terminei de explanar de maneira sumária a Verdade pregada pela Seicho-no-Ie, agora vou pedir a alguém que relate a comprovação desta Verdade. Sr. Miwa, o senhor poderia expor seu testemunho para os presentes?

Miwa – Não sou muito bom para falar, mas vou relatar minha experiência à guisa de informação. Há mais ou menos um ano e meio, eu estava com depressão nervosa e, mesmo ao andar pela rua, tinha medo de cair e morrer por aí; vivia com a idéia obsessiva de morrer de taquicardia. Internei-me no Hospital Sansei, e depois no departamento de psiquiatria da Universidade de Tóquio, e me submeti a tratamento, mas não sarei. No departamento de psiquiatria, a vigilância era rigorosa e praticamente eu estive confinado como se fosse doente mental, levando uma vida incômoda. O meu peso foi diminuindo e os cabelos, que já eram grisalhos, foram embranquecendo a olhos vistos. Nisso, o sr. Zenkichi Oka, que é gerente da Companhia de Gás Kyoto, pedindo desculpas por não nos ter feito conhecer a Seicho-no-Ie até então, apesar de morar sozinho, mandou-me por sua esposa um folheto da Seicho-no-Ie chamado "A mente me faz viver" e recomendou-me que o lesse. Abri o folheto com a intenção de ler. Nessa época, enquanto eu estava internado no departamento de psiquiatria, freqüentava também o departamento de oftalmologia. Fazendo o exame de vista, constatou-se que eu tinha hipermetropia e astigmatismo. No começo eu lia o folheto com os óculos, já que sem eles não conseguia ver nitidamente sem as letras maiores dos títulos. Lendo-o, compreendi que até aquela época eu ficara amarrando a mim mesmo com minha própria mente, e fui gradativamente perdendo o medo. Como ouvi dizer que o Mestre Taniguchi viria em fevereiro à reunião dos adeptos de Kyoto, quis ouvir a sua palestra e pedi que fossem me buscar, e deixei o hospital, mas com a intenção de voltar a me internar. No entanto, andando pelas ruas, para surpresa minha, já não sentia medo como antes, e conseguia andar tranquilamente. Pensei comigo: já estou bem; é melhor eu ir fazer treinamento espiritual na Seicho-no-Ie do que ficar no hospital. E assim, estou atualmente em Sumiyoshi e vou todos os dias para a sede da Seicho-no-Ie.

A partir da época em que comecei a ler o folheto A mente me faz viver, em mais ou menos um mês aumentei uns quatro quilos. E depois que visitei pela primeira vez a sede da Seicho-no-Ie, em meio mês aumentei quase dois quilos e meio. Quanto à vista, ela estava tão fraca que eu não conseguia enxergar direito os títulos dos artigos sem a ajuda de óculos; no entanto, agora consigo enxergar nitidamente sem eles até os “furigana” que acompanham as letras pequenas. Voltando a Kyoto, acompanhando o Mestre nesta viagem, todos quantos me conheciam ficaram admirados, dizendo que meus cabelos estavam escurecendo. Ouvindo isso, percebi que os cabelos estavam gradativamente ficando pretos a partir da raiz, e estavam muito brilhantes apesar de não ter feito nenhum tratamento. O sr. Oka até acabou brincando comigo: “Não é justo que só você rejuvenesça, sem rejuvenescer a sua esposa”.

Okabayashi – Já faz mais de dez anos que conheço o Mestre. O Mestre está ainda mais jovem do que há dez anos atrás.

Taniguchi – Naquela época, eu lhe falei sobre a Ittoen, não? Que o pão de cada dia se consegue quando se prestam serviços ao próximo anulando o ego, ou coisa parecida... E o que o senhor faz agora?

Okabayashi – Faço limpeza de sanitários.

Taniguchi – É coisa parecida com mendicância religiosa da Ittoen?

Okabayashi – Não foi só baseado na Ittoen que tive essa idéia, mas também em outras coisas. Mestre, não quer me deixar fazer treinamento espiritual na “Academia para a Manifestação da Natureza Divina”?

TaniguchiTODOS OS LUGARES são “Academia para Manifestação da Natureza Divina”. Não é só em Sumiyoshi que existe tal academia.

Okabayashi – É, o senhor tem razão.

Isozaki – O sr. Miwa acabou de relatar sua experiência de cura da depressão nervosa e de ter rejuvenescido, e eu relato a minha: Eu antes tinha o estômago e o intestino fracos, e com um pouco de comida já ficava com estômago pesado e me sentia mal; mas desde que conheci a Verdade, eles ficaram totalmente saudáveis. Tudo isso devo à leitura do livro sagrado "Seimei no Jisso".

Kimura – Na palestra que fez há pouco, o senhor disse que “o mundo fenomênico não existe na realidade”, mas eu acho que é um argumento um tanto absurdo. Se desprezarmos a tal ponto o mundo fenomênico, o mundo ficará desordenado, ou poderá ser levado ao ascetismo radical.

Taniguchi – O senhor pensa teoricamente que, se a humanidade compreender que “o mundo fenomênico não existe”, o mundo vai ficar desordenado e que o homem vai se isolar do mundo; mas, pelo contrário, este mundo fica desordenado e os homens brigam e se odeiam mutuamente porque pensam que o mundo fenomênico existe e se apegam a ele. Quando se pensa/compreende/sabe que o mundo fenomênico não existe, a pessoa deixa de se apegar obstinadamente às coisas materiais e, inversamente ao que se pensa, não se isola; justamente porque deixa de se apegar e de se prender, a atividade harmoniosa inata à Vida começa a fluir livremente, e o mundo fenomênico passa a ser mais ordenado. Outro dia fui a Morioka, onde há uma adepta chamada sra. Tetsu Kudo. Ela sofria de câncer, mas enquanto ela pensava que o ser humano do mundo fenomênico era uma existência real e que não poderia viver sem se alimentar, vomitava toda vez que comia, e a comida não parava no estômago. Porém, em contato com a filosofia da Seicho-no-Ie, conheceu o homem-Jisso e, tendo esquecido do homem fenomênico que não vive sem comer, compreendeu a Verdade de que “o homem pode viver sem comer”. Essa senhora repetia a cada pessoa que encontrava: “Não há problema: eu posso viver sem comer”. Esse eu que pode “viver sem comer” é o homem-Jisso. Se o senhor seguir pelo seu argumento, poderá achar que essa sra. Kudo terá morrido de fome, por ter ignorado dessa maneira o ser fenomênico; mas, a partir do momento em que ela, ignorando o ser fenomênico, convenceu-se de que “o ser humano pode viver sem comer”, ao contrário, o ser fenomênico dela começou a melhorar e passou a poder comer normalmente a comida,que até então era devolvida e não entrava no estômago. Já faz três anos que ela se curou desse câncer, e está cada vez mais forte. Quando pensamos que o homem fenomênico existe, e tentamos curá-lo com os métodos do mundo fenomênico, muitas vezes não dá certo. No caso da bebida alcoólica e do fumo, por exemplo, são numerosos os casos de pessoas que, mesmo sabendo que beber ou fumar são vícios, ao tentarem abandoná-los, não conseguiram; mas assim que leram o livro sagrado Seimei no Jisso, praticaram o Shinsokan e, fechando os olhos para o “eu fenomênico”, procuraram ver unicamente o “eu-Jisso”, deixaram espontaneamente de gostar do fumo e de apreciar coisa desnatural como a bebida alcoólica. Com isso, podemos perceber que fechar os olhos para o nosso “eu fenomênico” e ver somente o “eu-Jisso”, não significa ignorar o mundo fenomênico e anarquizá-lo; mas, ao contrário, é restabelecer-lhe a ordem. Mesmo lendo a revista Seicho-no-Ie, aqueles que não conseguem ainda compreender perfeitamente que o mundo fenomênico é sombra e que originariamente não existe, têm na sua vida cotidiana algo desarmonioso, isto é, não conseguem ler sem ajuda de óculos ou deixar de fumar ou tomar bebidas alcoólicas, que são coisas contrárias à Natureza.

Kimura – Pelo que observei, o senhor só menciona casos de cura de doença ou de vício. A meu ver, o fato de o senhor alegrar-se pela cura de doenças ou coisas parecidas mostra que ainda está preso ao fenômeno.

Taniguchi – Se relato casos verídicos de cura de doenças e vícios, não é porque estou preso ao fenômeno. O senhor parece estar argumentando por argumentar e contestando por contestar. Se digo que "o fenômeno não existe originariamente" para que as pessoas não fiquem presas a ele, o senhor contesta dizendo que, se menosprezarmos o mundo fenomênico, o mundo da realidade perde o controle; e se eu cito o exemplo real de que, ao contrário, o fenômeno melhorou, o senhor contesta dizendo que estou preso ao fenômeno. Se eu citei o exemplo de melhora do fenômeno, não é porque estou preso ao fenômeno; foi para mostrar-lhe que, sendo o fenômeno projeção da mente, é passível de se modificar, de acordo com a mudança da própria mente.

Kimura – Por mais que uma pessoa comum se aprimore espiritualmente, parece-me muito difícil compreender que este mundo visível aos olhos carnais seja o “nada”.

Taniguchi – Na Seicho-no-Ie, apenas pelo poder da palavra falada ou escrita, só de ler o livro sagrado Seimei no Jisso, a pessoa consegue compreendê-lo.

Kimura – Bem, eu nunca li o Seimei no Jisso, mas será que isso é mesmo possível?

Taniguchi – Se o senhor ler a coluna “correspondência dos adeptos” que sai mensalmente na revista Seicho-no-Ie, creio que poderá perceber que o número de tais casos é deveras grande, e que a porcentagem das pessoas que foram iluminadas em relação ao número de adeptos é realmente grande.

continua...

(Do livro 'A Verdade da Vida', vol.5 -- págs 188 à 195)


Um comentário:

Allan Fixnet Uster disse...

Nossa que postagem Maravilhosaaa! Muito Obrigada !
Adorei vou linkar seu blog a meu blog!
www.opoderdamente.com pois combinam com os mesmos ensinamentos de Joseph Murphy.
Novamente muito obrigada!