"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

quinta-feira, janeiro 16, 2014

A Consciência revela o Ser que somos


- Núcleo -

No ser humano Deus "aparece como" Consciência [no sentido de que "Se revela"/ "Se expressa" / e também de que "É percebido como" Consciência]. A Consciência impessoal do ser humano e de qualquer outro ser ou manifestação fenomênica, pois, só há Um SER e infinitas manifestações. É o OCEANO, que "pode ser pecebido" pela ONDA, dO qual ela emerge e que é sua base, substância e Fonte. Note que não há um "Ele" aqui, mas o Ser, o Ser que Eu Sou. "Quem percebe isso" não é a mente humana, a sua ou a minha mente. É a própria Consciência do Ser, em mim. Esta é a percepção consciencial que todos tem. Se isto é percebido pela mente humana, sua ou minha, então esta é a percepção mental, aquela que percebe de forma dual, que vê dois ou muitos onde só há um. A mente percebe muitos seres individualizados, como se estivessem separados do Ser que lhes deu causa, em vez de perceber apenas o Ser e Suas infinitas manifestações ou formas de expressão.

Se a percepção está sendo consciencial então o que se vê é apenas Deus, seja qual for a forma que o Ser assuma. É como um teatro de marionetes, no qual é perceptível que todos são "personagens movidos pela mão do artista", que lhes dá movimento, expressão e vida. E saber disso, perceber isso, não retira a graça da apresentação do teatro de marionetes.

Note que a percepção mental é uma crença, um "acreditar em"; não é o real conhecimento.

Há pessoas, os personagens, que "acreditam em" Deus e também os que não acreditam. Este "acreditar em" ou "não acreditam em" está restrito aos limites da percepção humana, que no Núcleo chamamos de percepção mental. Mas, independentemente de as pessoas acreditarem em Deus ou não acreditarem em Deus, esta percepção não altera a realidade. Não se trata de uma questão de crença, mas sim, de identidade. O personagem é apenas o que está sendo representado, não é o Ser Real. O personagem que estou representando é o que estou sendo. Mas nada/ninguém é o que está sendo. Tudo/todos são o que são! É a Consciência do Ser em mim que me faz consciente de que Sou o Ser Real e de que, enquanto personagem, enquanto ser humano, estou sendo uma representação consciente do que Sou. Mas, se percebo isto de forma mental, imediatamente a realidade perceptível se transforma diante da minha visão, a realidade que percebo se altera instantaneamente, e passo a ver as mesmas coisas, mas com uma interpretação, uma sensação, uma visão bastante diversa da realidade percebida consciencialmente. Então, aquela "representação consciente" do que Sou passa a ser uma representação inconsciente do Ser que Eu Sou.

Esta "consciência de quem Eu Sou" tem reflexo direto na realidade do personagem que estou representando! A partir do momento que estou consciente de que a realidade perceptível pela "minha mente", pela mente do personagem, é criada pelo Ser que Sou, então posso estar também consciente da realidade que está diante de mim, posso fazer uma leitura, uma "tradução consciente" da realidade que está sendo percebida por mim.

A realidade percebida consciencialmente me faz consciente de que a vida do personagem é o que Eu, o Ser Real, me proporciona. Há na Bíblia a revelação de que "Deus fez tudo" e que Ele viu que tudo o que fez era bom. E continua sendo bom. O que Deus fez é perfeito!

Não é o que Deus fez (e o fez de forma totalmente consciente) que não é bom, mas sim, aquilo que o ser humano faz, quando o faz de forma inconsciente de quem ele realmente É.

Assim como na palavra "eu" há um poderoso significado, que pode revelar que "eu" e "Eu" são o mesmo, dependendo da identificação que temos de nós mesmos, como personagem ou como o Ser, ou seja, como "eu" ou como "Eu", também na palavra "ser" há um detalhe, uma sutileza que deve ser notada: O "eu" é a identidade percebida pela mente, que se revela como "ser humano", um personagem do Ser; enquanto que o "Eu" é a identidade percebida pela Consciência, que se revela como "Ser Real", o próprio Ser. A percepção mental percebe o "Ser" como sendo “humano”, o personagem que estou sendo; e Deus passa a ser concebido como alguém separado de mim. A percepção consciencial percebe o “Ser”, o que Eu Sou.

Há uma profunda metáfora na "subida" de Moisés à montanha, local onde ouviu a revelação de Deus, quando disse: "Eu Sou o que Sou".

Quando "nos elevamos em percepção" (quando subimos do nível da percepção mental) a revelação feita a Moisés se torna também a nossa! Conhecemos a real identidade do Ser, nossa identidade, revelada por Deus: "Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo".

Este conhecimento, esta percepção, é para ser aplicada na vida cotidiana, do personagem que estamos representando. Percebendo que “eu” e “Eu” são Um, só que visto sob percepções distintas, podemos conscientemente escolher a percepção com que vemos o mundo diante de nós, conhecendo Quem faz e nos tornando conscientes que não estamos separados da Fonte.

Jesus disse: Quando o Espírito da Verdade vier ele revelará toda a verdade.

Nenhum ser humano nos revela a verdade, porque é algo a ser “percebido”.

Os que conhecem a verdade, e despertam, passam da “percepção mental” de uma vida humana separada de Deus, para a “percepção consciencial” do reino de Deus, no qual percebemos que já não somos nós quem vivemos, mas, Cristo é Quem vive em nós. No reino de Deus a vida é eterna. E disse Jesus: A vida eterna é esta: Que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro.

Tudo isto já está escrito mas não basta. É preciso ser revelado, “percebido”. Quem revela isto ao “eu”, ao personagem, é o Ser, o “Eu” que vive em nós.

Escolha despertar a percepção consciencial, esta visão de “Quem” você É. Transcenda a visão mental, do personagem, escale a montanha, eleve-se... Isto pode ser feito neste instante, no presente, não em algum tempo futuro!

As Sagradas Escrituras na qual toda a verdade é revelada já foram escritas.

Jesus disse: “Eu” e o “Pai” somos Um.

Este “Eu” é a Consciência divina, o Cristo em nós, aquele que esteve morto (não percebido por nós, mentalmente, até o instante em que despertamos!) porque, Cristo vive de eternidade a eternidade. Ele é Aquele que É, Aquele que vem para vencer a guerra final, o Armagedon, que está em sua mente...

Krishna revelou que: “Eu” sou tudo.

Este “Eu” é a Consciência do Ser, o próprio Krishna em nós, Aquele que vem para vencer a guerra final, no Kurukshetra, que está em sua mente...

Perceba que “Quem” nos faz perceber a verdade é a própria Consciência divina em nós!

Livre-se da ilusão mental de que sou “eu”, qualquer que seja a forma assumida: Sou “Eu”!

Isto só pode ser percebido pelo "coração espiritual", um “núcleo" de percepção espiritual.

Para acessá-lo fique em silêncio, ainda que em atividade, permaneça alerta e receptivo.

Esteja onde estiver, "vá para o Núcleo”; permaneça lá até conhecer/perceber A VERDADE !


5 comentários:

Silvano disse...

Amados Filhos de Deus!
Esta explanação é dedicada aos que “querem conhecer mais”...
O conteúdo do post “A Consciência revela o Ser que somos” tem uma estreita relação com o que revelou Jesus nestas palavras:
“E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.”
João 17:26
A estreita relação é que o “eu” [que é a real identidade de Jesus] que “nos fez conhecer” o “nome”... [o nome se refere à essência, substância ou natureza de Deus] é a própria “Consciência” em nós! Este “eu”, a que se refere Jesus, é Quem “revela o Ser que somos”
E este “eu” [o “Espírito de Deus” que está em nós] revela que nos fará “conhecer mais” o “nome”, ou seja, nos fará conhecer mais o Ser Real, a essência, a substância, a natureza de Deus!
E o fará com uma finalidade: “para que o amor com que me tens amado esteja neles e eu neles esteja”
Assim, Jesus PERCEBE Quem É: O Eu, de “Eu” e o Pai somos UM;
DESFRUTA a percepção do “amor com que me tens amado”
E Jesus quer COMPARTILHAR o que PERCEBE e DESFRUTA!
“Que o amor com que me tens amado esteja neles...”
E complementa: “e eu neles esteja”
A frase “e eu neles esteja” significa: “e a Consciência de Quem Sou; a Consciência de Filho de Deus, “neles esteja”
Para que este “eu” esteja em nós foi compartilhada a percepção de que o “eu” [a real identidade de Jesus] é a própria “Consciência”

Silvano disse...

Jesus declarou:
“E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais...”
Este “eu” está efetivamente nos fazendo “conhecer mais” através do ensinamento compartilhado no Núcleo, que é atemporal.
O ensinamento de Jesus também é atemporal.
São ensinamentos originais sobre a mesma Verdade atemporal.
Jesus está efetivamente nos fazendo “conhecer mais” porque este “eu neles”, este “eu que está em nós” é a própria Consciência!
Com esta percepção compartilhada, com a revelação deste liame há um resgate do ensinamento original de Jesus, de forma plena!
Ensinamento é a forma com que a revelação divina, a mensagem é revelada e compartilhada. Os ensinamentos parecem distintos, mas a mensagem divina é a mesma. Ela é universal e atemporal.
O ensinamento pode ser difundido através de interpretações ou pode ser compartilhado através de percepções [divinas].
Quando é difundido através de interpretações assume a forma de uma doutrina; e por ser algo transmitido de mente a mente tende a ser persuasivo, com a intenção de convencer o “outro” para convertê-lo à doutrina, àquela particular interpretação das Escrituras. Assim, com o tempo o ensinamento original se perde por estar sendo dada ênfase à doutrina, a qual se sedimenta...
Quando o ensinamento é compartilhado através das percepções divinas, que são universais e atemporais, a pessoa ao “perceber” se desperta. Então desfruta a percepção e a compartilha. Assim, o ensinamento original é reavivado e então permanece porque voltou a ser compartilhado de “coração a coração”.

Silvano disse...

Algo que está vivo em nós [mesmo que já tenha sido esquecido] quando é compartilhado de “coração a coração” nos “reacende”. Por isso o ensinamento original permanece através das gerações e alcança pessoas de todos os tempos.
Sabendo que é assim Jesus revelou:
“E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais,...”
Através dos que percebem e compartilham suas percepções, é que efetivamente este “eu” está “fazendo conhecer mais”!
“Fazer conhecer” não significa persuadir para tentar convencer; significa “tornar conhecido”, trazer à tona, emergir, evidenciar o que já está em nós! A Verdade É e Jesus disse: Eu sou a Verdade! Ao dizer Eu Sou Jesus está compartilhando a percepção de que É.
E também disse: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida.”
Assim, ao dizer “Eu Sou” Jesus está compartilhando percepções!
O ensinamento de Jesus é essencialmente fundado nas coisas que soube, que testemunhou e conheceu; Portanto, é baseado na “fé”, e não na “crença”. Fé é a “certeza das coisas que não se vêem”, ou seja, é a manifestação da “percepção divina em nós”, algo que nos faz saber, sem mesmo ver; enquanto que a crença é o “acreditar ou não acreditar”. Jesus expressou sua fé em Deus, sua percepção da Realidade de Deus e até deu o alerta a respeito da crença, do “acreditar ou não acreditar” nas revelações e disse:
“Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.

Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?”

João 3:11-12

Silvano disse...

Jesus revelou: “Conheça a Verdade e a Verdade vos libertará”
A Verdade não é algo em que possamos apenas “acreditar”, pois, seria uma verdade apenas do ponto de vista filosófico, mental.
A Verdade a que Jesus se refere é algo que podemos “conhecer”; é a Realidade; É sua real identidade; É Ele mesmo; é Quem Ele É; Algo que independe de “acreditar”, de “perceber com a mente”; É algo que depende de “crer”, ou seja, depende de “perceber”, de “perceber com a Consciência”, com a “Consciência do Ser”, Essa “Consciência do Ser” é chamada na Bíblia, entre outros nomes de “Espírito de Deus” ou “Espírito do Senhor”.
Revelou Isaias:
“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;”
Isaías 61:1
Ao iniciar sua missão divina Jesus compartilha esta percepção, conforme descreve a seguinte passagem bíblica:
“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.
E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.
E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
Lucas 4:16-21

E assim também, neste momento se cumpre a Escritura em vossos ouvidos!

Silvano disse...

A Sagrada Escritura que revela: “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais...”
Através das “percepções” que são compartilhadas há um resgate do ensinamento original de Jesus. E ao revelar Jesus: “eu neles”, revelou que o é próprio “eu” em nós que está “ensinando mais”!
Que todos “conheçam mais”!
Que percebam mais!
Quem desfrutem mais!
E que compartilhem mais!

Namaste.